sábado, 22 de novembro de 2008

HORA DA HISTÓRIA NA ESCOLA!



Contar histórias é uma prática fundamental no processo de formação do cidadão e na consolidação de seus valores. As histórias são um poderoso recurso de estimulação do desenvolvimento psicológico e moral que podem ser utilizadas como auxiliadoras da manutenção da saúde mental do individuo em crescimento.

Contar e ouvir histórias traz, em si, um contato íntimo e acolhedor entre o contador e os ouvintes, desenvolvendo uma participação ativa da criança a partir da utilização de elementos do seu imaginário.
A narração promove um escutar e olhar que se traduz em percepções diversas sugeridas pelos elementos do conto, fazendo com que "sintamos" o frio, o medo, a paz, a felicidade, a fome, as cores, os cheiros, e as mais diversas sensações suscitadas pela história.
A criança sente-se, desta forma, estimulada a desenvolver, refletir e produzir diversas formas de expressão, o que possibilita o desenvolvimento e a expansão de suas potencialidades criativas e emocionais.

Ao enriquecer o vocabulário, as histórias instruem, ampliam o mundo das idéias e conhecimento, desenvolve a linguagem do pensamento educam e estimulam o desenvolvimento da atenção, da imaginação, observação, memória, reflexão e linguagem.

Há ainda outro fator importantíssimo para a prática de ouvir e contar histórias: A sabedoria popular divulgada oralmente cultiva a sensibilidade, que torna um fator importantíssimo por significar um desenvolvimento da descoberta da identidade e uma educação do caráter, tornada assim ainda mais habilidosa a prática da comunicação social, o respeito ao meio ambiente e a moralidade para com os semelhantes.

Os contos populares assumem a responsabilidade de transmitir a memória coletiva, que se mantém atual através dos anos, porque é o resultado das mais variadas experiências de vida, com as quais as pessoas ainda se identificam. Esta transmissão não se dá de forma passiva, pelo contrário, a literatura popular só permanece devido ao fato de que se adapta e incorpora elementos do presente.

Podemos exemplificar tal afirmação através do livro “Contos tradicionais do Brasil”, coletânea feita pelo mestre folclorista antropólogo Câmara Cascudo na primeira metade do século XX.Nesta obra é possível identificar os traços da oralidade nas histórias cheias de encantamento, que há muito fazem parte do nosso imaginário e que continuam ainda hoje a atuar como meio de criação, reinvenção e atualização da memória coletiva e da nossa própria história de vida. Em meio a diversidades tecnológicas, o Projeto se faz necessário para estimular a sensibilidade e a imaginação nas crianças envolvidas pelo trabalho de seus pais nas feiras. Em plena virada de milênio, quando alguém se propõe a contar uma história no meio de um círculo de pessoas na verdade cumpre um desígnio ancestral porque nesse momento, ocupa o lugar do xamã, do bardo celta, do cigano, do mestre oriental, daquele que detém a sabedoria e o encanto, do

Porta-voz da ancestralidade e da sabedoria. Nesse momento ele exerce a arte da memória. Em suma, além de todos os benefícios justificados acima as histórias ainda recreiam, distraem, aliviam a sobrecarga emocional e auxiliam, muitas vezes, a resolver conflitos emocionais próprios.

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